Costa, Manuel Freitas – Personalidades e grandes vultos da medicina portuguesa através dos séculos.
Torna-se impossível determinar quando é que o Homem começou, consciente ou inconscientemente, a combater as doenças, ainda que se possa supor que o seu aparecimento e as tentativas de impedir ou lutar contra as diferentes doenças que o atingiam, fossem contemporâneos.
No entanto, os primeiros registos conhecidos dessa luta remontam à pré-história, ainda que seja lícito presumir que a maioria das doenças que atingem o Homem exista desde a formação do mundo.
Contudo, os primeiros registos conhecidos de lesões sofridas pelo Homem são as encontradas nos desenhos e gravações feitas nas paredes das cavernas, onde são reconhecidas fraturas, tumores e atuações visando a sua cura.
Os inícios das atuações curativas ficaram a dever-se a ritos de curandeiros e feiticeiros e a práticas de cariz pseudo-religioso, sendo a partir destas, e mais tarde dos sacerdotes e seus escritos, que se verificou a evolução lenta, mas progressiva, da Medicina. Os progressos conseguidos, na China, Índia, Arábia e Europa no decurso de milénios, assim como a sua interpretação e divulgação ficaram a dever-se a figuras de vulto de que são exemplo Hipócrates, Galeno, Maimonides, Rhazes Avicena, Celsus. A estas grandes figuras da história da Medicina outras se seguiram até à atualidade, como Paracelso, William Harvey, Malpighi, Laennec, Virchow, Roentgen, Ehrlich e Fleming, entre muitos outros.
Portugal também deu a sua quota parte para o progresso da Medicina e, entre as suas figuras mais salientes, são de referir Zacuto Lusitano, Garcia de Orta, Ribeiro Sanches e Egas Moniz.
No entanto, muitas outras personalidades da Medicina e Cirurgia Portuguesa não devem nem podem ser esquecidas, pelas suas invulgares e/ou notáveis vidas. Muitos merecem ser recordados pela sua vida médica mas muitos outros notabilizaram-se na arte, na política, na literatura, na pintura, etc.
Assim, este trabalho tem por finalidade registar os aspetos mais notórios e conhecidos de cerca de 600 médicos que são considerados importantes na História da Medicina e Cirurgia Portuguesa desde o início de Portugal como país independente, já há cerca de 900 anos, e que tiveram alguma ação considerada relevante e tiveram o merecimento de, para sempre, serem recordados.
[sinopse do editor]
Destacamos algumas das personalidades que foram docentes na Escola Médico-Cirúrgica do Porto como José Aires de Gouveia, António Bernardino de Almeida, Thiago de Almeida, António Plácido da Costa, Manuel Maria da Costa Leite, Ricardo Jorge, Maximiano de Lemos, Carlos de Lima, Alfredo de Magalhães, João Monteiro de Meira, António Joaquim Morais Caldas, Eduardo Pereira Pimenta, Joaquim Pires de Lima, entre outros listados neste livro.
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